Um fraque surrado com paetês, uma cartola velha, a (pouca) barba por fazer. Assim eu entro todos os dias no picadeiro do The Grand Circus Rizzaro's Bros. A platéia minguada me olha avançar ao som de uma banda de um homem só, conduzida por mim mesmo diga-se, esperando por alguns momentos de entretenimento pueril. O circo não é isso? Pois é. Então, como mestre de cerimônias eu cumpro meu papel noite após noite após noite após noite, num ad nauseam perpétuo, o show não para. "Respeitável público", brado eu como da primeira vez, em anos que não são mais lembrados pela memória dos homens. Teria sido em Cartago? Creta? Não lembro. O público sempre é respeitável, apesar de toda a indecência intrínseca à natureza humana, isso que nos torna tão pouco... respeitáveis! Mas naquele momento, cada um ganha um sorriso especial, cada um se sente mais do que é, mesmo que essa ilusão seja causada pela expectativa do espetáculo. Os números se alternam, como não temos um grande orçamento, nossa companhia se resume a mim. Sou o equilibrista, o malabarista, o clown, até mesmo o cavalo andaluz (felizmente não posso mais fazer o elefante, dieta...). E o público se encanta, come sua pipoca, ri e sai. Acabou o espetáculo. A noite vai alta e enquanto recolho os pedaços de sonhos descartáveis deixados por minha honesta platéia, cantarolo uma rima antiga que nunca recebeu uma letra, fruto do esquecimento poético dos primeiros poetas, quando o mundo era mais ameno e apenas bastava um "la-la-ri, dum-dum" para expressar a nossa felicidade. "Quanto custa o ingresso para o show" você pergunta. Nada, nunca custou nada. "Mas qual a lógica? O que se ganha para entreter as pessoas? Qual o seu lucro nisso?" indaga-me confuso (ou confusa, lembremo-nos das damas). Nenhum. Não há lucro. Ou melhor, há. Mas não existe um preço no que ganho. O lucro está no baixar das cortinas, ao voltar para o camarim, quando dispo-me de mim mesmo para ser não o mestre de cerimônias, mas apenas eu. Quando minha paga são balas de maçã verde e não tenho que bradar "respeitável público", pois sei que quem agora me observa não precisa dessa adulação ao ego, sabe se respeitar sem que tenham que dizer o que fazer ou deixar de fazer (apesar de infelizmente tentarem insistir). A paga é justamente poder sair por aí e ver o sol nascer, sabendo que é dia e não noite, que a verdade vale mais que a fantasia do picadeiro, que me basta um cão, o sol, um gramado e você, poder rir com sinceridade de coisas absurdas e saber que a velha rima nunca precisou de mais letras do que as que compõem o nome de Deus. O The Grand Circus Rizzaro's Bros abrirá à noite para seu espetáculo habitual, mas enquanto é dia, deixo de lado o fraque e a cartola. Ainda bem. Nunca precisei disso com você.
terça-feira, 28 de julho de 2009
The Grand Circus Rizzaro's Bros.
Um fraque surrado com paetês, uma cartola velha, a (pouca) barba por fazer. Assim eu entro todos os dias no picadeiro do The Grand Circus Rizzaro's Bros. A platéia minguada me olha avançar ao som de uma banda de um homem só, conduzida por mim mesmo diga-se, esperando por alguns momentos de entretenimento pueril. O circo não é isso? Pois é. Então, como mestre de cerimônias eu cumpro meu papel noite após noite após noite após noite, num ad nauseam perpétuo, o show não para. "Respeitável público", brado eu como da primeira vez, em anos que não são mais lembrados pela memória dos homens. Teria sido em Cartago? Creta? Não lembro. O público sempre é respeitável, apesar de toda a indecência intrínseca à natureza humana, isso que nos torna tão pouco... respeitáveis! Mas naquele momento, cada um ganha um sorriso especial, cada um se sente mais do que é, mesmo que essa ilusão seja causada pela expectativa do espetáculo. Os números se alternam, como não temos um grande orçamento, nossa companhia se resume a mim. Sou o equilibrista, o malabarista, o clown, até mesmo o cavalo andaluz (felizmente não posso mais fazer o elefante, dieta...). E o público se encanta, come sua pipoca, ri e sai. Acabou o espetáculo. A noite vai alta e enquanto recolho os pedaços de sonhos descartáveis deixados por minha honesta platéia, cantarolo uma rima antiga que nunca recebeu uma letra, fruto do esquecimento poético dos primeiros poetas, quando o mundo era mais ameno e apenas bastava um "la-la-ri, dum-dum" para expressar a nossa felicidade. "Quanto custa o ingresso para o show" você pergunta. Nada, nunca custou nada. "Mas qual a lógica? O que se ganha para entreter as pessoas? Qual o seu lucro nisso?" indaga-me confuso (ou confusa, lembremo-nos das damas). Nenhum. Não há lucro. Ou melhor, há. Mas não existe um preço no que ganho. O lucro está no baixar das cortinas, ao voltar para o camarim, quando dispo-me de mim mesmo para ser não o mestre de cerimônias, mas apenas eu. Quando minha paga são balas de maçã verde e não tenho que bradar "respeitável público", pois sei que quem agora me observa não precisa dessa adulação ao ego, sabe se respeitar sem que tenham que dizer o que fazer ou deixar de fazer (apesar de infelizmente tentarem insistir). A paga é justamente poder sair por aí e ver o sol nascer, sabendo que é dia e não noite, que a verdade vale mais que a fantasia do picadeiro, que me basta um cão, o sol, um gramado e você, poder rir com sinceridade de coisas absurdas e saber que a velha rima nunca precisou de mais letras do que as que compõem o nome de Deus. O The Grand Circus Rizzaro's Bros abrirá à noite para seu espetáculo habitual, mas enquanto é dia, deixo de lado o fraque e a cartola. Ainda bem. Nunca precisei disso com você.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Desenchubbyubar 2 - A Missão
Eu sou um camarada teimoso, vocês já devem ter notado. Quando enfio algo na cabeça, eu vou com ela até o fim do fim. Dito isso, atendendo a pedidos, aqui vai o verbo desenchubbyubar em TODOS os tempos verbais. Professor Pasquale, perdoe minhas lambanças ocasionais, valeu? Eu poderia me delongar explicando as diferenças entre tempo e modo, flexão de gênero, número e mais meio mundo de pataquada. Como eu abandonei a faculdade de Letras, não faço mais a menor idéia do que essas palavras significam, então vão pentear macaco, hahaha! Ou comprem uma gramática. Recomendo as de Celso Cunha, Noam Chomsky e Napoleão Mendes de Almeida. Ou nenhuma delas, ahuahahuha, minha gramática é uma droga mesmo! E lá vamos nós.
As chamadas formas nominais do nosso verbo são:
- infinitivo: desenchubbyubar
- gerúndio: ***deletado em prol da campanha DIGA NÃO AO GERÚNDIO!***
- particípio: desenchubbyubado
Vamos ao modo indicativo:
Presente do Indicativo
eu desenchubbyubo
tu desenchubbyubas
ele desenchubbyuba
nós desenchubbyubamos
vós desenchubbyubais
eles desenchubbyubam
Imperfeito do Indicativo
eu desenchubbyubava
tu desenchubbyubavas
ele desenchubbyubava
nós desenchubbyubávamos
vós desenchubbyubáveis
eles desenchubbyubavam
Perfeito do Indicativo
eu desenchubbyubei
tu desenchubbyubaste
ele desenchubbyubou
nós desenchubbyubamos
vós desenchubbyubastes
eles desenchubbyubaram
Mais-que-perfeito do Indicativo
eu desenchubbyubara
tu desenchubbyubaras
ele desenchubbyubara
nós desenchubbyubáramos
vós desenchubbyubáreis
eles desenchubbyubaram
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu desenchubbyubaria
tu desenchubbyubarias
ele desenchubbyubaria
nós desenchubbyubaríamos
vós desenchubbyubaríeis
eles desenchubbyubariam
Futuro do Presente do Indicativo
eu desenchubbyubarei
tu desenchubbyubarás
ele desenchubbyubará
nós desenchubbyubaremos
vós desenchubbyubareis
eles desenchubbyubarão
Agora a pataquada prossegue no subjuntivo!
Presente do Subjuntivo
que eu desenchubbyube
que tu desenchubbyubes
que ele desenchubbyube
que nós desenchubbyubemos
que vós desenchubbyubeis
que eles desenchubbyubem
Imperfeito do Subjuntivo
se eu desenchubbyubasse
se tu desenchubbyubasses
se ele desenchubbyubasse
se nós desenchubbyubássemos
se vós desenchubbyubásseis
se eles desenchubbyubassem
Futuro do Subjuntivo
quando eu desenchubbyubar
quando tu desenchubbyubares
quando ele desenchubbyubar
quando nós desenchubbyubarmos
quando vós desenchubbyubardes
quando eles desenchubbyubarem
Imperativo... Huahauhauhauha! Esse modo verbal me lembra uma certa pessoa. Enfim.
Imperativo Afirmativo
desenchubbyuba tu
desenchubbyube ele
desenchubbyubemos nós
desenchubbyubai vós
desenchubbyubem eles
Imperativo Negativo
não desenchubbyubes tu
não desenchubbyube ele
não desenchubbyubemos nós
não desenchubbyubeis vós
não desenchubbyubem eles
E para acabar a bagaça, o infinitivo:
Infinitivo Pessoal
por desenchubbyubar eu
por desenchubbyubares tu
por desenchubbyubar ele
por desenchubbyubarmos nós
por desenchubbyubardes vós
por desenchubbyubarem eles
E chega de verbos!
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Cadê a escada que estava aqui?
Sério, terei que fazer rapel em minha própria casa. Uma mistura de Vale das Sombras, Bosque dos Suicídas e Quarto do Pânico, hahahaha!



Em homenagem a essa inóspita situção, som na caixa, por favor.
A casa
Vinicius de Moraes
Era uma casa muito engraçada
não tinha teto não tinha nada
ninguém podia entrar nela não
porque na casa não tinha chão
ninguém podia dormir na rede
porque na casa não tinha parede
ninguém podia fazer xixi
porque pinico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos número zero
Desenchubbyubando...
Bem, de acordo com as especialistas do Serviço Autônomo de Reestruturação de Anglicismos, eu estou desenchubbyubando. Para quem viajou na balada, chubby é "fofo" em inglês, algo entre o gorditcho e o "oh my fuggin tap dancing Stephen Hawkings, you are so FAT!". Como estou de dieta, levei um esporro básico por comer quando dá na telha, mas de boa. Quero mesmo emagrecer, então estou ajustando meus horários. Então, se vocês também querem desenchubbyubar, aqui vão algumas dicas descoladas pelo Serviço Assistencial de Reeducação Alimentar, absolutamente for free:
- Comam na hora, miseráveis. Ficar se entopindo de besteiras na hora errada atrapalha a dieta.
- Não comam carne. Fica semanas nas suas tripas, argh... Tétrico isso, meu. Muito tétrico.
- Bebam líquidos. Ajuda a hidratar o organismo, mas evitem as velhas bebidas carbonatadas. Prefira um suco.
- Não comam carne. Fica semanas nas suas tripas, argh... Tétrico isso, meu. Muito tétrico.
- Bebam líquidos. Ajuda a hidratar o organismo, mas evitem as velhas bebidas carbonatadas. Prefira um suco.
Achei que não conseguiria deixar de ser carnívoro, mas aqui estou eu. 18 quilotas a menos... Pode parecer bobagem mas faz um baita bem. Além de manter os animais vivos, oras. Tem meio mundo de coisas para se comer por aí, a gente não tem que mascar cadáveres, oras. Ah. coca-cola só é bom para polir alumínio, não para beber, hehehehe.
Só não me peçam para conjugar o verbo desenchubbyubar, valeu?
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Puxa! Ganhei!
Hã, então. Quem me conhece, sabe que eu sou o publicitário mais avesso a holofotes no mundo. Odeio ser o centro das atenções, acho isso um ó. Sempre preferi fazer as coisas na encolha, na certeza de que é muito mais importante que algo seja feito do que saber quem foi o executor. De um jeito ou de outro, enfim, participei do concurso de tiras dos Bichinhos de Jardim e para a minha surpresa, ganhei. Tô feliz pacas, hehehe. Não esperava ganhar, ainda mais pelo fato de minha tira ter sido meramente uma cantada barata, huahuahuahuahua! Seja como for, está lá. Passem e vejam, quem quiser comentar também pode.
E feliz dia do Amigo para todo mundo!
domingo, 19 de julho de 2009
Valeu, Sammy.
A vida da gente é engraçada. Sério mesmo, eu acho que Deus se diverte conosco. Não no mau sentido, claro, mas como os pais se divertem ao verem os filhos dando cabeçada e de repente aprenderem algo que era absurdamente óbvio mas que não tinham sacado antes. Como andar, por exemplo. A zebra nasce, se manca que tem quatro patas e sai pela savana, lépida e fagueira, mesmo por quê se não saltitar por aí vira comida de leopardo. Bebês tem pernas, mas só aprendem a usá-las depois de um bom tempo. Quando aprendem, vejam o caso do Washington, ex-Fluminense, que tem tanta habilidade com a bola quanto eu com números... A questão é: quando aprendemos algo óbvio, ridiculamente óbvio, as coisas se encaixam de um jeito que você pode dizer "mas como é que eu não tinha pensado nisso antes?". Pois é. Ontem aconteceu isso comigo, graças à Sammy. Eu estava ridiculamente agoniado com um fato, aquilo realmente estava me tirando do sério. Estava até ficando chato, imaginem! Eu, chato!
Só para constar, quem me chamar de chato receberá um vírus, pois seus IPs são devidamente rastreados e monitorados. Tenho todos vocês no Latitude, não digam que eu não avisei! Humpf! Voltando...
Pois é. Então a Sammy me disse um troço simples, que TODO crente sabe de cor e salteado: Deus É soberano. Não no sentido de reinar apenas, mas completamente. Ele É soberano, absoluto, inquestionável, indiscutível. Não acredita? Sorry, baby, isso não muda esse fato. E justamente por ser soberano sobre todas as coisas, Ele é automaticamente também Senhor da minha vida, meus pensamentos, ações, relacionamentos, tudo. Cabe à Ele resolver o que é melhor para mim. Na minha agonia, acabei esquecendo disso. Orava por tudo bonitinho, mas esquecia de dizer "opa, Senhor, eu quero isso aí, mas tipo, se for a Sua vontade e não a minha". E não tenho nenhuma vergonha em admitir isso, infelizmente essa é uma falha bem comum na maior parte das pessoas. Então resolvi acordar e dizer: "Senhor, nas tuas mãos eu me entrego. Faça o que bem quiser, o que bem entender. O Senhor já sabe o que eu sinto, já sabe o que eu penso. Mas faça a Sua vontade, Pai, pois o Senhor sabe o que é melhor para mim".
Desencanei! Total! Sabem aquela ordem de restrição? Desnecessária agora. Está tudo nas mãos de Deus. E como eu luto para defender o meu brio, o meu orgulho, luto pelo que me é mais caro que a vida, que é fazer a vontade de meu Senhor, o orgulho de ser cristão. As demais coisas serão acrescentadas quando tiverem que ser. Até lá, descansarei na Tua graça. Ounvindo Resgate no último! ;)
O Meu Lugar
Resgate
Composição: Zé Bruno
Dor constante em minha mente sem um farol
E eu só quero um lugar pra descansar
A minha bússola não tem mais pra onde apontar
E o tempo não passa
Tudo que eu tenho
Uma certeza
Eu não descanso quando eu fecho os meus olhos
Um som de morte soa contra a minha paz
Transbordando o cálice do meu pranto
E não há lugar aonde descansar.
Tua mente tão mais alta me faz sonhar
O sacrifício, o princípio e o fim
Meu coração conhece e segue a tua voz
A tua sombra, o meu descanso
A minha fonte
Uma certeza
O meu socorro num piscar dos meus olhos
E a minha paz ouvindo o som da tua voz
E a tua mão pra dissipar o meu pranto
És o meu lugar aonde descansar
sábado, 18 de julho de 2009
A razão de minha luta
Existem dois tipos de lutas. Palavra de quem sai no braço desde os 13 anos. Uma delas é lutar para proteger a sua vida. Não quer se machucar, não quer que te causem danos físicos. Você simplesmente luta e torce para que os danos que causar com seus pés, punhos, dentes sejam o bastante para que seu oponente caia antes de você. Normalmente não é algo bonito de se ver, mas bem, nunca é bonito. Quem disse que as guerras são bonitas só conheceu a paz.
O outro tipo de luta é para defender o orgulho. Saimos no braço para defender aquilo em que acreditamos, na certeza de que proteger nossas opiniões, crenças e valores é absolutamente importante. Não precisa ser no sentido literal da coisa, a briga pode ser ideológica. E pode machucar mais do que um soco. Quem disse que palavra não quebra osso esquece que existe o orgulho. E um homem não pode abandoná-lo. Não no sentido ruim da palavra, mas vejamos o que diz o meu amigo Priberam:
orgulho | s. m.
1ª pess. sing. pres. ind. de orgulhar
orgulho
s. m.
1. Manifestação do alto apreço ou conceito em que alguém se tem.
2. Soberba ridícula.
3. Brio.
Orgulho no caso em questão é o mesmo que brio, que é:
brio | s. m.
brio
s. m.
1. Pundonor que induz a cumprir o dever ou ainda mais que o dever.
2. Generosidade.
3. Valor.
4. Garbo.
5. Fogo, vivacidade (do cavalo).
Tanto a luta para defender a vida quanto a luta para proteger o orgulho acabam sendo na verdade a mesma coisa: a luta para proteger o coração. E esse coração não é o músculo cardíaco, mas a essência de cada um. Quando pensamos em alguém importante, quando estamos próximos dessa pessoa, aí está o nosso coração. Ele existe nas ligações que temos com aquela pessoa. Não precisamos ficar agoniados, ansiosos, nervosos, tristes ou chateados. Se queremos estar ali, com aquela pessoa de todo o coração, então é ali que nosso coração estará. Se é ali que seu coração está, então essa será sempre a razão para estar lá. Não tem mistério. E mesmo que não esteja por perto, seu coração ainda estará com a pessoa que gosta.
Vou sempre lutar por isso, mesmo no silêncio. Essa é a razão de minha luta. Proteger aquilo que me é mais caro que a vida. Mesmo que pareça loucura. Mesmo que me digam que eu estou errado. Esse é o meu jeito, a minha luta e eu não vou desistir até cair.
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